Ao ler a obra de Eça de Queirós fui-me apercebendo que ele falava de vários espaços como: Sintra, Coimbra, Lisboa, Santa Olávia, entre outros.
Sintra era um lugar que simbolizava o romantismo devido à sua soberba paisagem. Por exemplo, o Palácio da Pena estava associado à personagem de Pedro porque estava solitário no cimo da serra. Isto quer dizer, que Pedro estava perdido no amor assim, como o Palácio estava perdido naquela paisagem romântica.
Coimbra era um meio boémio e fonte de diletantismo. Este espaço aparece sobretudo para completar a formação de Carlos.
Santa Olávia era um espaço natural e simboliza a purificação de Afonso. Era um lugar que estava conotado positivamente, era o símbolo da vida e que se opõe à cidade degradada.
Lisboa concentra a alma de Portugal, a sua degradação moral, a ociosidade crónica dos portugueses, simbolizando a decadência nacional. Por ser a capital concentra a vida económica, literária e política do país. Neste local encontra-se o Ramalhete, a famosa casa dos Maias. Esta residência liga-se à decadência nacional da época.
A personagem que mais me despertou a atenção foi Ega, porque é um exemplo do que deve ser um amigo. Ega conhece Carlos em Coimbra e desenrola-se desde então uma grande amizade. Ega está sempre ao lado de Carlos, quer nos momentos bons como nos momentos maus. Desta forma revela-se confidente de Carlos o qual deposita em Ega toda a sua confiança. Podemos dizer que Eça criou Ega à sua imagem, ou seja, a magreza, o monóculo e o bigode arrebitado são traços físicos do próprio Eça. Ega era partidário do Naturalismo que contrastava com o romantismo. Ele revela-se incapaz de escrever fosse o que fosse, ou seja, ele começa a escrever algumas obras (“Memorias de um Átomo”, “O Lodaçal”) mas nunca as acaba. Talvez o papel mais importante dele seja a sua participação na intriga principal. No final da história Guimarães entrega a Ega a carta reveladora da identidade de Maria Fernanda. Ega ao saber disto vai contar a Carlos aquilo que se estava a passar. Assim sendo, Ega mostra uma personalidade muito forte e corajosa. Isto revela uma grande amizade para com Carlos.
O romance “Os Maias”, surpreendeu-me porque não estava á espera que acabasse da forma que acabou. Não foi um final tradicional, como muitos dos romances. A maior parte dos romances acaba com um final feliz, o que não acontece neste. Carlos da Maia e Maria Eduarda, depois de tudo que passaram para ficar juntos tiveram que se separar (quando souberam que eram irmãos). Eça escreveu uma grandiosa obra requintada com recursos estilísticos, muitas descrições, simbolismos… Dentro da família Maia temos personalidades muito diferentes, por exemplo Pedro, pai de Carlos, representava o romantismo enquanto que o seu filho retratava o realismo. Eles também tiveram educações muito diferentes, Pedro teve um ensino tradicional e retrógrado, enquanto que Carlos foi educado à inglesa daí eles terem personalidades diferentes.
Por outro lado, o facto de Pedro se ter suicidado. Este facto impressionou-me bastante porque sendo Pedro de uma família tão nobre, como é que foi possível ele se ter suicidado (suicidou-se por causa da morte da mãe). Entre outros aspectos da obra, estes foram os que mais me surpreenderam.
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